O primeiro papa americano da história: quem é Leão XIV e por que sua eleição pode mudar tudo

Robert Francis Prevost assume o trono de Pedro e inaugura um novo capítulo para a Igreja Católica com raízes nas Américas

Pela primeira vez na história da Igreja Católica, um norte-americano foi eleito papa. Robert Francis Prevost, de 69 anos, assumiu o pontificado em 8 de maio de 2025, adotando o nome Leão XIV. A escolha chocou o mundo católico. O novo papa nasceu em Chicago, nos Estados Unidos, e possui também cidadania peruana, resultado de décadas de trabalho missionário na América do Sul.

Embora muitos esperassem um sucessor europeu ou africano para o papa Francisco, a escolha de Leão XIV marca uma guinada importante. Ela simboliza o avanço das Américas como centro do catolicismo contemporâneo. O continente, que abriga mais de 40% dos fiéis católicos do mundo, finalmente tem sua representatividade máxima no trono de Pedro.

Experiência, formação e perfil missionário

Antes de chegar ao Vaticano, Leão XIV trilhou uma carreira marcada pela simplicidade e pelo contato direto com os pobres. Foi missionário agostiniano no Peru por mais de 15 anos. Atuou em paróquias afastadas, conviveu com a pobreza extrema e foi ordenado bispo em 2014. Depois, ganhou destaque no Vaticano como prefeito do Dicastério para os Bispos, função que ocupava até a eleição papal.

A formação sólida também chama atenção. O novo papa é doutor em Teologia, fala fluentemente espanhol e inglês e tem uma reputação de conciliador e firme defensor da justiça social. Ele é visto como herdeiro direto da visão pastoral de Francisco, com quem trabalhou de forma próxima nos últimos anos.

Impacto imediato e expectativas para o futuro

A eleição de Leão XIV pode significar mudanças profundas, mas também continuidade. Em seu primeiro discurso, ele reafirmou compromissos com a paz, o diálogo e os pobres, e homenageou seu antecessor. Não fez promessas grandiosas. Preferiu pedir orações e unidade. Ainda assim, especialistas apontam que sua liderança deve dar mais espaço às igrejas locais das Américas e reforçar pautas como o cuidado com os vulneráveis e o combate à desigualdade.

Por fim, o novo papa herda uma Igreja marcada por crises internas, desafios éticos, escândalos sexuais e perda de fiéis em várias regiões. Ele terá que equilibrar tradição e inovação, fé e razão, doutrina e misericórdia.

O mundo assiste atento ao início de um pontificado que promete entrar para a história.